LIDERANÇA COMO UM "FIO CONDUTOR"

“a fim de que todos sejam um; e como és tu, Ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:21

Jesus nos ensina neste texto um princípio muito importante de liderança: a continuidade do processo.
Você pode então pensar que está tudo certo pois tem conduzido sua liderança de forma eficaz e tudo está correndo bem. A questão é, será que sua liderança irá fazer sentido depois que você não estiver mais a frente? Já pensou em sua igreja, sua empresa ou projeto sem sua liderança? Como ficariam as coisas?
É inspirador perceber a tranqüilidade de Jesus neste momento de transição. Ele não se desespera pensando que os discípulos não conseguiriam cumprir a missão sem sua presença ou por achar que tudo o que plantou poderia ter fim, nem argumenta com o Pai sobre mais tempo em seu ministério terreno. Jesus nos ensina sobre uma liderança saudável que não termina em si mesma mas que é um fio condutor.
O líder que entende ser apenas um fio condutor entende que sua liderança é uma parte do processo e por isto fica tranqüilo para confiar no outro, não entra em neuroses pensando no que estão fazendo quando não está por perto.

Ao contrário disto, entendemos que existe liderança que ao invés de fio condutor se tornam um sistema próprio. Assim todos os projetos, todas as fases e decisões precisam começar e terminar na mesma fonte: o “líder sistema”. É ele quem sustenta todo o processo.
Líderes assim se consideram maiores que a missão e por isto tomam para si toda a responsabilidade, pois “sem eles nada do que é feito se faz”.
Líderes assim não conseguem admitir reuniões sem sua presença, não confiam que as coisas possam andar sem suas diretivas e se algo é feito em sua ausência se sentem traídos e afrontados.

Jesus ao contrário disto, nos ensina que a verdadeira liderança é baseada na confiança e no respeito mútuo. A liderança serva tem a ver com ser parte do processo e não o centro dele.
Não é raro em nosso meio, igrejas que se constroem sobre o carisma de um líder e não sobre o carisma da própria igreja, pois toda visão vem dele e pode ser distorcida assim que ele passa ou então pode acontecer a divisão quando a visão deste líder é contestada.
Na oração de João 17, Jesus nos mostra que não está desesperado para saber se vão lembrar do que falou ou se vão realmente cumprir suas ordens, mas está tranqüilo porque fez a sua parte. Ele transmitiu sua liderança com amor e paixão e agora se confiava àqueles que caminhavam com Ele.

Podemos perceber o real trabalho de um verdadeiro líder depois que ele passa, pois é neste momento que vemos se ele foi realmente um fio condutor.
James Collins e Jerry Porras no livro Feitas para durar, constatam que a maioria das grandes empresas não permanece por mais de um século, e isto se deve a falta de continuidade das lideranças.
A liderança tipo “sistema” não dura por muito tempo, pois assim que a liderança termina ou é substituída o sistema perde a força, pois tudo é gerado por ela e para ela.
Stephen R. Covey em seu livro, Os 7 hábitos das pessoas muito eficazes, ressalta que, “Muita gente se recusa a delegar poderes aos outros, porque acreditam que leva muito tempo, dá muito trabalho e também que podem fazer o serviço melhor sozinhas. Contudo, delegar poderes é possivelmente a atividade de alto nível mais poderosa que há.”
Jesus nos ensina uma liderança que não tem medo de delegar, de perder o poder, antes confia em seus liderados e os ensina e os orienta como alguém que vai embora amanhã.
Líderes tipo fio condutor produzem verdadeiros discípulos e cristãos maduros que se multiplicam sem perder a essência. Ao contrário, líderes tipo “sistema” produzem liderados desconfiados, dependentes e egoístas.
Aprendamos com Jesus a ser um fio condutor como líderes nesta grande missão.

Collins, James C., Porras, Jerry I., Feitas para durar – Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias. Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998.
Covey, Stephen R., Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes. Editora Best Seller – São Paulo, 1989. p.187

MENSAGEM DE NATAL

NATAL – DEUS VALORIZANDO A HUMANIDADE

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14

É impressionante como a vida e o ser humano vem perdendo seu valor dia-a-dia, sendo relegados a um artigo de consumo, um número de cartão de crédito ou mesmo porcentagem nas estatísticas.

As pessoas estão se tornando desumanas pois para muitos alguém morrendo no transito é apenas um acidente, alguém morrendo no presídio é consequência e alguém morrendo em um corredor de hospital é culpa do governo.

Olhamos pra tudo isto como para quem olha para um filme de bang-bang. Não choramos mais pela mãe que perde o filho, ou pelos meninos no sinal de trânsito, nosso coração parece ter se conformado com muitas coisas que não deveria.

É terrível como o sofrimento de uma adolescente nas mãos de um maníaco em um apartamento, se torna espetáculo televisivo.

A mensagem do Natal é totalmente contrario a tudo isto, Natal é Deus descendo ao mundo para falar a humanidade sobre o valor da vida.

Não podemos pensar no Natal como sendo a encarnação de Jesus para revelar a humanidade o verdadeiro Deus, mas sim o Deus todo-poderoso se fazendo homem para mostrar a todos o que é ser verdadeiramente “humano”.

“E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem. “ João 2:25

Jesus não veio diferente e sobrenatural mas nasceu de mulher, Maria; nos revelando um Deus que é parceiro em nossa história e que nos segura pela mão.

O pequeno Jesus nasceu em uma estrebaria para nos dizer que o ser humano não precisa de dinheiro ou bens para ser alguém, não precisamos ter para ser.

Nasceu entre bois e ovelhas para dizer que toda vida terrestre tem seu valor e lugar. Por isto o menino Jesus trouxe ao mundo uma mensagem linda e confrontantadora, pois nos ensina a abrir mão de nossas coisas pelo próximo.

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Filipenses 2:5-7

Natal é Jesus o Filho Unigênito do Pai, vindo ao mundo para nos mostrar o caminho da verdadeira “humanidade”.

Natal é perdão, amor, compreensão, doação, renúncia e muitos outros sentimento que nos tornam verdadeiramente humanos.

Um feliz Natal para todos.

Pr. Armando Altino da Silva Júnior

TÃO PEQUENA E TÃO GRANDE!

Este tem sido um tempo de muito felicidade para mim e Adriana pois no dia 25 de março de 2008, recebemos um presente lindo de Deus que se chama Amanda.
Foi uma gravidez tranqüila e sem complicações e além disto, tivemos o carinho de muitos irmãos e irmãs que nos envolveram e cuidaram de nós como se fossemos filhos.
Demonstrações de cuidado recebemos de todas as partes, de Ribeirão Claro, de Londrina, Curitiba, Maringá, São Paulo, de Luiziana, de Campo Mourão, Santo Antônio, Jacarezinho e até mesmo da França.
Amanda nasceu saudável, com 4,050 Kg e 50 Cm, um bebê criado.
Quando vi aquele rostinho pela primeira vez, meu coração parecia saltar pela boca, fiquei com ela o quanto foi possível, até a enfermeira me convidar a sair do berçário.
Neste último domingo dia 06 de Abril, tivemos a Apresentação da Amanda. Ela foi apresentada pelo Pr. Ronivau Amaro, amigão que temos aprendido a amar muito e se dispôs de sair de sua igreja para fazer esta apresentação.
Foi um momento muito emocionante, que ficará para sempre gravado em nossas memórias e corações.
Estamos aprendendo a ser pais e temos ciência que somos imperfeitos e limitados, mas sabemos que temos um Deus que é muito maior do que as nossas limitações, por isto, cremos que no Senhor, nossa filha caminhará sempre na benção.
Muito obrigado a todos aqueles que telefonaram, ligaram e vieram em nossa casa, que nos abraçaram, oraram conosco e nos apoiaram.
Não temos como agradecer tanto presente de Deus para nossas vidas.
Armando, Adriana e Amanda!

QUERO SER COMO AQUELE PASTORZINHO

Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho, eu saía após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava. I Samuel 17:34-35

Quando começo a ver as histórias dos personagens bíblicos gosto sempre de olhar para a de Davi, não aquele Davi institucionalizado e as vezes até mesmo arrogante, mas gosto muito daquele Davi pastor de ovelhas que sentava sobre a relva e tocava sua harpa entoando lindos louvores a Deus.
O Davi de atitudes simples e corajosas, que caminhava entre as ovelhas e contava uma a uma chamando-as pelo nome, cuidando as suas feridas e as levando para tomar água.
Este Davi anterior a Golias e ao reinado, que era humilde e destemido o qual chamou a atenção de Deus para si por seu coração tão humano. Não o que assassinou Urias.
Davizinho, como lhe chamavam por ser ainda aquele pequeno jovenzinho, contou certa vez que um dia estava apascentando suas ovelhas quando um leão tentou arrebatar uma delas. Ele imediatamente feriu o leão e tomou a ovelha de sua boca.
Fico pensando no raciocínio de Davi naquela hora, o leão poderia lhe matar mas também não poderia deixar a ovelha morrer, ele então optou em fazer com o risco de sua própria vida aquilo para o qual foi designado.
Algumas lições podemos tomar com este menino:
I – Davi valorizava toda vida
Hoje em dia vemos pessoas morrendo a todo instante e por motivos variados, então chega um hora em nosso coração em que vidas passam ser estatística.
Morreram 785 este ano mas estamos indo bem porque no ano passado foram 1580. Uma visão que é guiada pela boa média.
Davi gastou todas as suas forças para salvar uma ovelha. Talvez alguém vendo a situação aconselhasse a Davi: “Ei cara, ovelhas são atacadas por leões e lobos todos os dias, então pare de bancar o herói porque assim vai acabar morrendo. Amanhã virá um outro leão e então não haverá jeito, a vida é assim mesmo”
Davi sabia que não poderia resolver todos os problemas da vida, não resolveria o problema de todos os rebanhos, nem de todas as ovelhas, mas aquela ovelha não morreria enquanto ele pudesse fazer alguma coisa. Ele se entregou de coração em defesa daquela ovelha sem pensar se salvar aquele animal valeria a pena ou não.
II – Davi não se omitia
Ouvimos constantemente, “cada um com seus problemas” ou, “a responsabilidade não é minha” e se a responsabilidade não é minha de fato e de direito, eu não preciso mover um dedo para fazer alguma coisa. A lógica é que se não é minha culpa que a desgraça está acontecendo eu não tenho nada a ver com isto.
Não gastamos nosso tempo pensando em problemas que não são nossos, se crianças estão em orfanatos, se meu vizinho agride a esposa e os filhos, se existem pessoas morrendo de fome, eu não tenho nada a ver com isto, pago meus impostos e trabalho duro a semana inteira. As autoridades e políticos que se virem com todo este problema.
Davi sabia que existem circunstâncias que devemos fazer muito mais do que nos é exigido, precisamos nos doar muito mais do que esperam.
II – Davi amava incondicionalmente
As vezes temos a prática de escolher a quem amamos e a quem vale a pena doar nossos esforços.
Davi sabia que naquele momento teria que fazer alguma coisa e não ficou pensando se valeria a pena, se aquela ovelha já lhe dera muito trabalho ou não, se ela não era tão gorda assim ou se sua lã não era lá aquelas coisas, ele apenas a amou.
Ele não agiu com amor porque aquela ovelha lhe era a melhor e mais querida, mas porque apesar de qualquer coisa ele a decidiu amar com sua vida.
Temos a péssimo costume de contabilizar os prós e contras para amar aquela pessoa ou não, se vale a pena ajuda-la ou gastar nosso tempo com ela.
Quando olho para aquele menino, lutando com todas as suas forças por uma simples ovelha, sinto o desejo de ser como aquele pastorzinho.

Armando Júnior e Adriana